Deixou escapar um riso quando avistou aquele ser desengonçado adentrar a sala como um bichinho assustado. Tentava passar no meio da multidão de alunos, agitados com a volta as aulas, esbarrou em umas três pessoas ate conseguir chegar a uma carteira vazia na qual jogou desajeitada as coisas que segurava. A pilha de livros pendeu pra um lado e antes que estes viessem ao chão ele estendeu os braços e os segurou. Ao vê-lo com seu material nas mãos perguntou imediatamente o que diabos ele estava fazendo. Pensei que isso fosse uma escola, aqui as pessoas não deveriam roubar os outros, seu delinqüente! Como é? Você é louca? Eu só... Não quero saber, devolve meus livros aqui, agora! E saiu lutando novamente contra a multidão ate o outro lado da sala.
Passou o resto do ano evitando a presença da “esquisita”, como os outros costumavam chamá-la. Ele não gostava desse apelido. Achava-a engraçada e ate estranha, mas era irritante ouvir o tom com o qual a chamavam. No entanto, assim como os outros não ousava chegar perto. Cada vez que seus olhares se encontravam aqueles olhos escuros transformavam-se em metralhadoras e ele se afastava. Ela o detestava, ele só não entendia o porquê. Mas também não tinha motivos para se importar, ele tinha amigos e não era chamado de esquisito por ai.
Tinha amigos e um par para a formatura, a mais desejada da escola, diga-se de passagem. Enquanto ela, ela nem ia para festa. E era por isso que chorava encolhida no canto do banheiro vazio. Tudo vazio. Tão vazio que o eco levou aos ouvidos dele o som dos soluços dela. Ao perceber que o delinqüente estava em pé na sua frente, vendo seu momento vergonhoso de fraqueza tratou de se levantar e fechar a cara o mais rápido que pôde. Era sua única forma de defesa contra aquela sensação estranha que formigava no peito cada vez que ele a olhava. Mas dessa vez ele não baixou os olhos, nem se afastou, continuou encarando-a com um olhar diferente do habitual. Não sorria debochadamente como todos, nem sentia pena, nem nada. Simplesmente estendeu a mão: Vem comigo, prometo que dessa vez não vou roubar nada.
A festa não tinha mais tanta importância assim. E o seu par já não era tão desejado como antes. Afinal, chegou a hora de viverem o que o medo, há tempos, lhes roubara.
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Meus Deus vocês não sabem como foi dificil escolher essa imagem. Na verdade nem achei a imagem que eu queria...mas tudo bem. Acho que o aroma do café me embebedou e entrei na onda do romance romântico =)
Bjao pessoas!
O furto
Tecido por
Márcia, vulgo Feto
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
9 fios pro Casulo:
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
que bonitinhoooooooooooooooooooo!!
Poxa...
Me deu foi saudades da escola...
Desses olhares trocados calorosamente! rs
Ah, q honra olha....
Fui o primeiro a postar!
Ah, não há como não ficar com um sorriso no rosto depois de ler um texto desses ^^
PS: Merdas: "entrando como um bichinho assustado", lembrei dos gatos ou da cadela manca que sempre assistem aula comigo XD
pois eh falando dos meus romances, os teus tbm são ótimos...muito massa mesmo!
Depois ler, posso dormir feliz.
Lindinho esse texto. E não é por usar um diminutivo que o texto perde sua qualidade.
Lindinho = fofo, meigo, feliz.
aliás, eu adoro romances românticos xD~
;**
Nossa que formidavel, uma cadela manca. Na minha tem um bando de gatinhos fofos e magrelas, so osso e bucho(= verme). Ainda vou levar um pra mim um dia.
Acho que o diminutivo combina com esse texto, se eu fosse comenta-lo tb usaria algum "inho", rsrs.
Bjao e obrigada povo =D
Eu fui ler uns comentarios de uns textos antigos e eu vi uma pergunta la assim: Afinal, quem é quem? Nao sei bem ao que a pessoa tava se referindo...mas acho que algumas pessoas podem se confundir com esses apelidos.
entao so pra certificar:
Feto = Márcia (eu...serio?)
Fóssil = Velho = Carlos
Bjs
a descrição da menina me fez pensar em Carlos.
AUSAHSUhaSUAsuAsuAHS!
Desajeitado...
xP
eh fofo. cadê o resto???????
resto? hee resto de que?
fofinho, me lembra aqueles filmes norte-americanos, muito bom!
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