Marcham os dias rumo ao limite. Em formação de combate seguem os ponteiros a cercar as horas. O tempo pirraça, moleque malicioso que se diverte à custa da nossa existência. Não se sente mais. Vazios, passamos sem reagir, sem ruído, sem odor, sem pudor. Os batimentos cessaram, calaram-se os pensamentos. E não se ouve mais. Nem as vozes interiores que sempre desnortearam a tantos. O caos transgrediu o alcance da sanidade, a ordem surgiu como que por instinto e por instinto seguimos sem saber pra onde. Vamos em frente, ordenados pela intuição. Indivíduos planejados para existir, seguir e mais nada. Roldanas giram nossos passos. Delimitam nosso espaço. Não há tristeza, só equilíbrio. Cancelados os vetores opostos. Estático. Quando o barulho é tanto que dele se faz silêncio. A dor abissal se faz apatia. O homem animal se fez máquina. No fim, deitam-se os corpos enfadados, enfileirados em retas perfeitas, a luz e esvai e ninguém percebe que passou o dia.
Desculpem pela reta não ser tão perfeita assim! Foi o melhor que encontrei =]
Multidão
Tecido por
Márcia, vulgo Feto
segunda-feira, 13 de julho de 2009
4 fios pro Casulo:
Maravilhoso! Mais chocante ainda é que tantos de nós aceitem essa realidade com tanta ovinidade.
Que bom que ainda existe a poesia. Que bom que há a tua.
Maravilhoso! Mais chocante ainda é que tantos de nós aceitem essa realidade com tanta ovinidade.
Que bom que ainda existe a poesia. Que bom que há a tua.
Fui lendo e foi fazendo um silêncio absoluto em minha mente.
Incrível. Muito lindo!
Caramba, me fez refletir sobre a vida q levamos, ou melhor, a vida q nos leva!
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