Segunda

Ouvi um barulho e fui ver
Era o mundo que se abria
Sol nascendo com trombetas
E cores de algodão no céu
Mas não, não é sobre isso que quero falar hoje

Ouvi um tiro e fui ver
Era o mundo que chorava
Graves senhoras vestidas de preto
E procissões intermináveis de velas acesas
E preces e pragas e mais tiros
Mas não, não é sobre isso que quero falar hoje

Ouvi um estrondo e fui ver
Era o mundo que caía
E caíam exércitos inteiros, inertes,
De homens, de árvores, de estrelas, de anjos
E a chuva e o mar ficaram vermelhos
E discos voadores fugiam apavorados...
Mas não, não é sobre isso que quero falar hoje

Quero falar da risada que ouvi e fui ver
Era o mundo que nascia
Mas e agora, quem vai olhar pelo mundo bebê?
Não o poeta, que não pôde renascer
Mas talvez a poesia, que nunca deixou de viver
O certo é que precisam cuidar do mundo
Mas não eu, não hoje

Hoje eu prefiro olhar a lua
E me aconchegar nos braços da solidão
Hoje não quero falar sobre isso
Que hoje não é dia de fazer poesia

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Carlos, pára de usar tóxicos e aprende a fazer finais XP

4 fios pro Casulo:

Márcia, vulgo Feto 5 de junho de 2008 às 20:13  

Eu to virando mais visitante do que participante desse blog...eu tenho que tomar vergonha na cara de postar!

Mas enfim, metalinguistica da sempre um ar mais forte pro texto/poema/poesia...Gosto desse ar de seriedade e sabedoria =D

Fóssil 5 de junho de 2008 às 20:21  

Ah, que lindo, poesia rima com sabedoria XD

Rima sim ¬¬'

Esqueci de comentar, por unanimidade (OK, só 4 pessoas votaram na enquete e acho que uma delas fui eu, mas isso não interessa) o novo layout do Casulo foi aprovado e continua! Aê!

XP

Unknown 7 de junho de 2008 às 04:45  

parece como se o poeta quer q o mundo melhore, mais ele nao faz nada pra ajudar o mundo... o poeta parece ser qualquer poessoa no mundo com essa msma ideia, e q nao age pra ajudar... essa poesia ehh a Greenpeace, Amnesty Internacional, e desses tipos de organizacoes pra ajudar o mundo iam gostar de ver pra abrir a mente das pessoas ^^

Gabriella Barbosa 11 de outubro de 2008 às 16:21  

Lindo, amo essas poesias q falam de poesia, metalinguagem, ah e adoro finais de textos nada a ver, me surpreedem, hahahah