O meu maior medo pode parecer ridículo
Até mesmo absurdo
Riam, podem rir
A loucura é mesmo uma piada
Até a vida é uma piada (sem graça)
Mas que me faz sorrir
Tenho horror à insanidade
Medo de não conseguir voltar
Enclausurar-se no labirinto dos sonhos
E a lucidez se apaga
Perde-se a razão no fim do túnel
A escuridão do próximo passo em falso
Cambaleia a mente,
Entre a demência colorida e o amarelo sorriso da normalidade
Os loucos são mais felizes
Não sabem que loucos são
E o meu medo faz de mim normal por saber ou louca por sentir?
Sou bêbada como os insanos
Mas acordo na ressaca enquanto dormem os demais
E ao seu lado na cama um alguém
Riem, podem rir
O amor é mesmo o distúrbio mais crônico
A pandemia que eles buscam a cura
Mas que mata se um dia curar
É o verme necessário
O eletrochoque
Mas quando o alguém desperta
Ninguém sorri
A saudade é mesmo a falta daquilo que nunca se teve
O tempo
Mas o ponteiro dissimulado ilude
Ilusão de poder
Eu ri, ri de mim
A música é mesmo um excesso de letras de quem tem muito pra dizer
Mas não sabe o que
Eu é que não troco minha certeza do nada
Pela possibilidade vaga de um tudo
Não quando esse vazio preenche minha alma
E esse todo pára meu pulso
Riam, podem rir
A loucura é mesmo uma piada
A vida é uma piada
A mais sem graça
A que mais me faz sorrir
E que gargalhem os loucos.
.
.
.

Milagres acontecem =DDD
Fazia muito tempo que eu nao escrevia nada. Esse texto foi a ressaca de um pesadelo que tive ontem. Tomara que alguém goste!
Saudades imensas do Casulo.
Beijão.
Márcia, vulgo feto.

9 fios pro Casulo:

Alanna 24 de outubro de 2009 às 12:50  

Eu amei. *-*
Lindo.

Fóssil 25 de outubro de 2009 às 07:52  

Isso sim é uma ressurreição, pequena. Lindo, Márcia! Adorei!

Ana Áurea 28 de outubro de 2009 às 15:51  

fazia muito tempo que eu não passava por aqui e quando passo dou de cara com essa mágica mística exacerbada,PRA QUE TUDO ISSO MÁRCIA?ME DÁ UM POUCO!

angela viana 30 de outubro de 2009 às 09:21  

...e tudo o que a gente insiste em contrariar é mesmo verdade.

Márcia, vulgo Feto 4 de novembro de 2009 às 15:33  

mágica mística exacerbada *-*

lááá se foi meu ego la pra cima! suahsuhsa obrigada mesmo =DDD

Unknown 9 de novembro de 2009 às 02:00  

Gostei do desassossego que o texto
traz para quem lê, a boa literatura
não deixa o leitor passivo. Aqui o texto cumpri o papel de levar ao leitor o questionamento da loucura
e seus medos...
isso é literatura
parabéns Márcia!

Unknown 11 de novembro de 2009 às 18:23  

ei pow, tu é doente!!

"Eu é que não troco minha certeza do nada
Pela possibilidade vaga de um tudo
Não quando esse vazio preenche minha alma
E esse todo pára meu pulso."

como tu faz isso vaca?!!!! ^^

Márcia, vulgo Feto 11 de novembro de 2009 às 19:35  

Calaça! Que bom te ver por aqui =D
Mt mt obrigada!


Eu sonhei Fê =)

Gabriella Barbosa 4 de janeiro de 2010 às 15:49  

perfeito! Eu tenho medo de ninjas, só p constar,hahahah. Gosto mt da leveza das suas palavras q encaixam c os nossos anseio de leitores!