O meu maior medo pode parecer ridículo
Até mesmo absurdo
Riam, podem rir
A loucura é mesmo uma piada
Até a vida é uma piada (sem graça)
Mas que me faz sorrir
Tenho horror à insanidade
Medo de não conseguir voltar
Enclausurar-se no labirinto dos sonhos
E a lucidez se apaga
Perde-se a razão no fim do túnel
A escuridão do próximo passo em falso
Cambaleia a mente,
Entre a demência colorida e o amarelo sorriso da normalidade
Os loucos são mais felizes
Não sabem que loucos são
E o meu medo faz de mim normal por saber ou louca por sentir?
Sou bêbada como os insanos
Mas acordo na ressaca enquanto dormem os demais
E ao seu lado na cama um alguém
Riem, podem rir
O amor é mesmo o distúrbio mais crônico
A pandemia que eles buscam a cura
Mas que mata se um dia curar
É o verme necessário
O eletrochoque
Mas quando o alguém desperta
Ninguém sorri
A saudade é mesmo a falta daquilo que nunca se teve
O tempo
Mas o ponteiro dissimulado ilude
Ilusão de poder
Eu ri, ri de mim
A música é mesmo um excesso de letras de quem tem muito pra dizer
Mas não sabe o que
Eu é que não troco minha certeza do nada
Pela possibilidade vaga de um tudo
Não quando esse vazio preenche minha alma
E esse todo pára meu pulso
Riam, podem rir
A loucura é mesmo uma piada
A vida é uma piada
A mais sem graça
A que mais me faz sorrir
E que gargalhem os loucos.
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Milagres acontecem =DDD
Fazia muito tempo que eu nao escrevia nada. Esse texto foi a ressaca de um pesadelo que tive ontem. Tomara que alguém goste!
Saudades imensas do Casulo.
Beijão.
Márcia, vulgo feto.