“Quero o êxtase do que eu não conheço”
Caio Carvalho

Esse texto nasceu para ficar incompleto. Se não fosse minha preguiça de terminá-lo, talvez não tivesse percebido isso. É no final, talvez, que se encontra a incógnita.
Com vocês, o texto:

“Diria que não é tão difícil explicar como é morrer. É uma questão de entender, engolir facilmente certos conceitos. Tudo bem, eu estou lá, na minha cama, experimentando a ansiedade de morrer, enquanto todos os meus familiares se encontram ao meu redor. Confesso que toda a minha curiosidade com relação ao o que eu iria encontrar era parcialmente abafado pelo intenso cansaço que sentia. Dor?Sofrimento?Eu, particularmente, não senti. O que me fez estranhar posteriormente (...).Me lembro que as vozes dos que me rodeavam me pareciam tão longe, fato que me fez concluir que a surdez havia me atacado no momento. Então aconteceu: o cansaço foi se intensificando como se alguém estivesse aumentando-o por controle remoto. À medida que a fadiga transbordava, o sono me atacava. Sabia que se fechasse os olhos, não acordaria mais naquele lugar – se é que eu acordaria! Bah!Até parece que diante das possíveis respostas que eu encontraria ao promover o encontro de minhas pálpebras eu ficaria receoso.Sempre fui louco para saber o que acontece quando a gente morre.Não que durante a minha vida eu quisesse morrer.Era só curiosidade, gostava de viver.Mas já tenho 96 anos.Já provei de todas as experiências da vida.Quero o êxtase do que não conheço.Fechei os olhos.”
Olhaí galera. Esse texto é do Caio, um grande amigo meu. Essa semana o meu post é pro texto dele. Como o caio escreve melhor do que eu, nenhuma perda nisso =D E é legal outros nomes por aqui ás vezes. Afinal, é pra postar "o que der na telha" =P Aproveitem! E Caio, muito obrigado!

Queda Livre

As cavidades da minha mente são sustentadas pela tua sensatez, que a cada ato de sabedoria me mantém em pé, lúcida.
Goteiras fazem pingar sentimentos sobre meu racionalismo destemido e aos pouco alagam meu autocontrole afogando meus planos.
Minha visão míope, turva e evasiva, não me permite prever o que está por vir (e nem quero), mas posso delirar em meio à neblina de um passado sacrificado pela ansiedade. Joguei meus dias andares abaixo sem saber que a inércia destes pesados momentos estaria contra minhas convicções.
Em queda livre os meus “ontens” caem num abismo tão profundo e impenetrável quanto meus segredos e sou obrigada a admitir que o resgate daqueles tornou-se improvável.
Perante um caminho sem volta ou desvios, sigo na única direção que é possível seguir: em frente! Até quando não houver mais para onde ir, quando quatro paredes envolverem-me em função do fim, até quando me deparar com o reflexo dos meus dias.
11/07/2007
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Eu tô tão feliz hoje que deveria postar um texto mais otimista, mas não sei pq senti vontade de expor esse ai. Me lembro do dia que eu o escrevi, foi logo depois de ler uma carta do Velho que tinha um texto dele que falava mais ou menos do mesmo assunto...Ahhh saudade da nossa troca de cartas na escola Fóssil!
Mais uma vez muito obrigado pela visita de todos! E mais uma vez eu nao sou uma donzela apaixonada! shuahsuahsa.
Abs!
Márcia

Escrever...

Escrever. Escrever palavras a esmo, soltas, sem sentido. Palavras melancólicas, tristes, sangradas, alegres, sorridentes, furiosas, exaustas, simples, complexas, tolas, perdidas, frias, confusas, meticulosas, passionais, mortas, vivas. Escrever sem saber por quê. Mas escrever.
Que a caneta, ao ganhar tinta, ganhe vida sobre o papel. Que a tinta que escorre da pena seja como o sangue a jorrar da ferida aberta, que por cada uma se esvai um pouco da vida. Que a vida seja a caneta e que a vida esteja no papel.Que possamos ouvir a voz do artista nas palavras, os ecos de seus gritos, dos seus gemidos. Saber que cada letra é uma célula de seu corpo, que cada frase encarna sua alma. Que o artista coloque o que sente no papel, sem esforço, pois o que escreve deve ser verdadeiro.
Que o artista saiba buscar a verdade no mundo e em si mesmo. Que tenha a sabedoria de saber que não sabe para que possa buscar e aprender. Que viva para amar, para sentir, para aprender... que viva para viver e morrer.Que viva para escrever. E escreva para viver.
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Um dia, uma aula de Física na sala de multimídia, nada pra fazer (XD) e resolvi escrever um texto. Saí colocando palavras ( acho que se o de Márcia tem influência romântica, esse tem influência fururista) e deu nisso...ou quase isso. Perdi o texto e fiz esse aí na mesma linha. Não ficou tão bom, e o outro texto já não era lá muito bom XD Mas tô sem nada aqui no PC pra postar e eu tenho que aparecer por aqui às vezes né? Senão o feto me demite... Eu pretendia colocar esse no post de abertura, tem mais a ver, mas só consegui achá-lo agora. Eu gostaria muito de agradecer minha amiga e eterna "tifilhinha" Thainara que estava com o texto e gentilmente o digitou pra mim. Se não fosse por ela, eu provavelmente teria perdido esse aí também XD Te amo, Thainara =D
Bom, é isso pessoas. Ainda tô eufórico com o show do Teatro Mágico QUE FOI PERFEITO! FUDENDO! PUTA QUE PARIU! *caham* Lamento por quem não viu ^^ Espero que eles não demorem a voltar! XD
"O teu afeto me afetou, é fato, agora faça-me o favor..."
"Só enquanto eu respirar, vou me lembrar de vocês" =)
Tchau!

"O amor é o ridículo da vida"

E eu, sou o amor na sua mais pura essência.
Sou o ridículo mais ridicularizado, o sentimento mais desejado, o desejo mais íntimo e mundano.
Sou a impureza da alma, o pecado do cristão, a carne, o espírito e a perpetuação.

Sou o doce que salga a vida dos insossos, e que um dia as amarga.
O desequilíbrio dos puritanos, o Deus venerado por qualquer humano.
Sou a onipresença, a onisciência e onipotência da inconsciência sangrenta, ardente e pulsante.

Sou o tudo que ninguém tem o nada que todos querem ter.
A mais ilustre e ordinária das vidas, a perfeição que não existe, a encarnação do absoluto.
O liberalismo emocional.
Sou a luz das revoluções, a emergência da insensatez, o distúrbio da realidade.

Sou o erro mais correto. "Sou a mentira mais sincera". E a verdade mais cruel.
A maldição que salva. A vida no seu estado mais sólido e latente.
Sou o vento que sopra e nos teus olhos e arde ao levar a semente da existência.
Portanto amem-me sempre, porque eu sou a destruição do que o tempo construiu e a construção da eternidade.
Porque eu sou imortal!
07/06/2007
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Ahhh eu tenho vergonha desse texto, quem lê até pensa que eu sei alguma coisa sobre amor, mas sou totalmente leiga no assunto. Foi pura influência das aulas de romantismo rsrs.
Abs =D

Ideologias do séc. XIX

Meu coração se "anarquizou", negou a ditadura imposta pela minha mente.

Minha alma se libertou da revolução abafada por uma face expressa em verdades oprimidas.

" O meu Estado/estado é independente!" Minha ideologia inconsequente, meu poder inexistente.

Entre lutas burguesas e perdas operariais, repúblicas privadas e comunidades individuais, coleciono igualdades e não me envergonho da minha doutrina, da minha indiferença vazia, nem dos meus pecados sem perdão.

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Esse foi feito hoje, no meio da aula de história, não reparem se ele parecer meio sem lógica...Especialmente pra Fabio e Fernanda =)

Abs!

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"Pássaros"
(“A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar”
Vinicius de Morais)

Os pássaros cantam em qualquer lugar
sem cobrar ingressosem esperar aplauso
sem se importar se a platéia é gente, bicho ou árvore
As gentes gostam dos cantos dos pássaros
e passam a vida querendo-o para si
Se apropriam dos bichinhos
e os trancafiam em horrendas gaiolas
O pássaro, porém, parece já não cantar como antes
E não canta,
O que sai de seu bico não é mais canto
É lamúria apenas
A mão que o prendeu pode não perceber
e passará a vida lamentando
o lamento que pensa ser canto
Mas eis que um dia a gaiola se abre
E a mão que o prendeu descobrirá
que uma mão não segura um canto
E o canto, tão copioso quando encarcerado
é renovado pela brisa suave da liberdade
E o pássaro, que um dia foi tão difícil de prender
tão difícil de agarrar
virá pousar tranquilamente em nosso ombro
de livre e espontânea vontade...

(E o que é a felicidade
senão um pássaro fugidio?)


*Do mesmo poema/música de Vinícius que usei na epígrafe: "A felicidade do pobre parece/A grande ilusão do carnaval/A gente trabalha o ano inteiro/Por um momento de sonho/Pra fazer a fantasia/De rei, ou de pirata, ou jardineira/E tudo se acabar na quarta-feira".
Quarta-feira de cinzas chegou...e eu fico triste no carnaval.

Dias chuvosos

Os meus dias chovem.
Chovem tempestades doces que sorrateiramente trazem ventos destruidores da esperança, mas incapazes de lavar meu espírito e excomungar-me da responsabilidade de vencer.
Falta-me coragem pra esperar pelo futuro.
Pequenas partículas do passado se sedimentam em memórias ensolaradas, tão voláteis e contraditórias quanto o tempo.
Falta-me paciência pra esperar pelo futuro.
Falta-me coragem pra esperar pelo futuro.
Minhas lembranças evaporam e precipitam tempestades saudosas que me transportam para uma dimensão transparente, onde não há fim e nem começo, onde não há opostos e nem palavras, onde lágrimas são ciscos nos olhos e homens possuem asas na alma.
Faltam-me asas para voar até o futuro, porque eu pequei e fui expulsa do paraíso.
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O texto não é fiel ao que eu to vivendo hoje, mas quando foi escrito foi sincero então ta valendo. Ele não tem título, como a maioria dos meus textos, pq eu sou horrível com denominações. Então é isso... Ai que medo! Espero que alguém goste e muitíssimo obrigada pela visita. Abs =D

Post Número Zero =]

Bom, esse primeiro post é só pro blog não ficar vazio até nós decidirmos o que postar nele \o/
A criação do blog foi uma iniciativa do Feto, vulgo Márcia, para nós postarmos os nossos textos para amigos, inimigos e quem mais se interessar em ver. E também uma forma de nós trocarmos textos agora que eu saí da escola (e ela vai se matar com o terceiro ano XD).
Justamente porque a Márcia ainda está na escola, é provável que eu vá postar mais que ela. A proposta inicial é postar somente textos nossos, mas se der na telha, podemos postar qualquer coisa =D. Então sejam legais e leiam e comentem depois ^^.

Por enquanto é isso, esse é o post nº0. Aguardem o primeiro post!
Valeu!
Carlos, o Velho
(não gosto dessa alcunha =P)

"Tinta a escorrer,
idéias a jorrar;
Poesia é gardenal"
(verso de poema que fiz numa aula chata =]) (só pro post não passar em branco =])